Depois do post anterior, sobre o papel da pesquisa de tendências na engrenagem da moda, pensei em, por que não?, elencar possíveis macro-tendências que andam ‘pairando’ por aí. Algumas nada têm de inédito, afinal tendências podem ter vida longa, perdurar por algumas estações.
SATISFACTION
Uma delas, à qual batizamos Satisfaction em nosso brainstorm na aula de Análise de Tendências, segue a linha individualista, típica dos dias atuais, onde as pessoas buscam cada vez mais o prazer pessoal, solitário, individual. Na verdade, há muito nossa sociedade tem caminhado para o individualismo, para as relações descartáveis, para o discurso em primeira pessoa. Acredito que com a (hoje já tão clichê) globalização e a velocidade cada vez maior da massificação das informações, da homogeneização dos indivíduos, consequentemente haja também essa crescente ânsia por destaque, por diferenciação, por expressar autenticidade. Talvez ser apenas "mais um na multidão", visto que já somos passageiros, seja por demais angustiante, o que gera essa relutância ao anonimato e à impessoalidade. Atualmente, preza-se muito a personalização de produtos e serviços, todos querem ser tratados (e lembrados) como pessoas exclusivas, únicas. Aliás, a necessidade que o homem tem de eternizar sua existência, de driblar a morte, não é nada recente: entrar para a história, ter os quinze minutos de fama do Warhol, perpetuar o gene... são aspirações pra lá de antigas. Ou seja, a moda é tão cíclica quanto o próprio comportamento humano.
Cena (fantástica) do filme A Lista de Schindler, do Spielberg, em que a imagem colorida da menina potencializa a comoção, choca, reforça a atenção para a barbárie do Holocausto, tema central do filme
SATISFACTION
"Is it wrong to want to live on your own?"
-The Smiths
Fonte: http://pqcynnaoeresposta.blogspot.com/2009/05/quero-ser-egoista-tambem.html |
Uma delas, à qual batizamos Satisfaction em nosso brainstorm na aula de Análise de Tendências, segue a linha individualista, típica dos dias atuais, onde as pessoas buscam cada vez mais o prazer pessoal, solitário, individual. Na verdade, há muito nossa sociedade tem caminhado para o individualismo, para as relações descartáveis, para o discurso em primeira pessoa. Acredito que com a (hoje já tão clichê) globalização e a velocidade cada vez maior da massificação das informações, da homogeneização dos indivíduos, consequentemente haja também essa crescente ânsia por destaque, por diferenciação, por expressar autenticidade. Talvez ser apenas "mais um na multidão", visto que já somos passageiros, seja por demais angustiante, o que gera essa relutância ao anonimato e à impessoalidade. Atualmente, preza-se muito a personalização de produtos e serviços, todos querem ser tratados (e lembrados) como pessoas exclusivas, únicas. Aliás, a necessidade que o homem tem de eternizar sua existência, de driblar a morte, não é nada recente: entrar para a história, ter os quinze minutos de fama do Warhol, perpetuar o gene... são aspirações pra lá de antigas. Ou seja, a moda é tão cíclica quanto o próprio comportamento humano.
Cena (fantástica) do filme A Lista de Schindler, do Spielberg, em que a imagem colorida da menina potencializa a comoção, choca, reforça a atenção para a barbárie do Holocausto, tema central do filme
Fonte: http://assistaecomentecomavitricedazica.blogspot.com/2009/11/lista-de-schindler.html |
Luva-do-dedo-só do Herchcovitch, apareceu em junho na Fashion Week 2010
Egoísta, revista portuguesa nascida em janeiro de 2000, periodicidade trimestral
Pocket lavadora, Brastemp Eggo
The Uno, o "monociclo" (na verdade tem duas rodas paralelas) idealizado por Ben J. Poss Gulak, um canadense de 18 anos, apresentado em 2008 no National Motorcycle Show em Toronto, Canadá.
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