O que será moda daqui a cinco anos? Que produtos serão oferecidos aos consumidores de carros? Como funcionam os birôs de tendência?
Construir tendências é captar desejos, mapear movimentos culturais, sociais, comportamentais. O que está acontecendo no mundo, no continente xis, em meu país, na minha rua? O que as pessoas estão fazendo? Como expressam suas atitudes? Como é a relação familiar? Que cultura fabricam ou consomem? Qual sua rotina? Como se divertem? Quais os valores vigentes? Muito resumidamente, é com base no levantamento de informações como essas que grandes empresas consultoras de tendência “elegem” aquilo que deve orientar a produção de moda e de produtos em geral cujo consumo dependa do apelo criativo.
Dario Caldas, em seu livro Observatório de Sinais, explica que as tendências de mercado são ‘profecias auto-realizáveis’. Segundo Caldas, orientadas por birôs e escritórios de tendências, as grandes marcas, a começar pelos fornecedores, orientam toda a sua produção num determinado sentido, numa linguagem comum, o que culmina em produtos similares invadindo o mercado nas próximas estações. Desse modo, não havendo outro produto a ser consumido, a tendência apontada será mesmo fatalmente confirmada.
Na verdade, o objeto de pesquisa das equipes que rastreiam tendências pelo mundo afora é o desejo. O que as pessoas estão propensas, ou mesmo ávidas, por consumir? Por exemplo, se um grupo de jovens está se vestindo de determinada forma, ouvindo certas músicas, se do outro lado do mundo há comportamentos semelhantes, isso pode indicar que esses jovens gostarão de consumir roupas com estilo x e cor y. Se as pessoas estão caminhando pra uma maior aceitação da homossexualidade, por que não investir em roupas sem distinção de gênero? Se foi identificado um gosto crescente por música eletrônica, talvez seja interessante lançar no mercado roupas com apelo tecnológico etc. Essa é uma forma simplista de explicar o trabalho dessas equipes, formadas por profissionais como designers, psicólogos, antropólogos, sociólogos e diversos outros.
Fabricar uma tendência é, de certa forma, produzir o que já é esperado, o que os consumidores já estejam inclinados a gostar, algo que já esteja implícito em seus diálogos comportamentais, em sua expressão cultural. E, quanto mais se afastar do presente, quanto mais longe estiver apontando o cálculo dessa previsão (para três, cinco, dez anos), mais subjetiva será a leitura das informações coletadas.
O livro é uma ótima leitura, numa linguagem leve e bastante acessível, vale a pena conferir:
Construir tendências é captar desejos, mapear movimentos culturais, sociais, comportamentais. O que está acontecendo no mundo, no continente xis, em meu país, na minha rua? O que as pessoas estão fazendo? Como expressam suas atitudes? Como é a relação familiar? Que cultura fabricam ou consomem? Qual sua rotina? Como se divertem? Quais os valores vigentes? Muito resumidamente, é com base no levantamento de informações como essas que grandes empresas consultoras de tendência “elegem” aquilo que deve orientar a produção de moda e de produtos em geral cujo consumo dependa do apelo criativo.
Dario Caldas, em seu livro Observatório de Sinais, explica que as tendências de mercado são ‘profecias auto-realizáveis’. Segundo Caldas, orientadas por birôs e escritórios de tendências, as grandes marcas, a começar pelos fornecedores, orientam toda a sua produção num determinado sentido, numa linguagem comum, o que culmina em produtos similares invadindo o mercado nas próximas estações. Desse modo, não havendo outro produto a ser consumido, a tendência apontada será mesmo fatalmente confirmada.
Na verdade, o objeto de pesquisa das equipes que rastreiam tendências pelo mundo afora é o desejo. O que as pessoas estão propensas, ou mesmo ávidas, por consumir? Por exemplo, se um grupo de jovens está se vestindo de determinada forma, ouvindo certas músicas, se do outro lado do mundo há comportamentos semelhantes, isso pode indicar que esses jovens gostarão de consumir roupas com estilo x e cor y. Se as pessoas estão caminhando pra uma maior aceitação da homossexualidade, por que não investir em roupas sem distinção de gênero? Se foi identificado um gosto crescente por música eletrônica, talvez seja interessante lançar no mercado roupas com apelo tecnológico etc. Essa é uma forma simplista de explicar o trabalho dessas equipes, formadas por profissionais como designers, psicólogos, antropólogos, sociólogos e diversos outros.
Fabricar uma tendência é, de certa forma, produzir o que já é esperado, o que os consumidores já estejam inclinados a gostar, algo que já esteja implícito em seus diálogos comportamentais, em sua expressão cultural. E, quanto mais se afastar do presente, quanto mais longe estiver apontando o cálculo dessa previsão (para três, cinco, dez anos), mais subjetiva será a leitura das informações coletadas.
O livro é uma ótima leitura, numa linguagem leve e bastante acessível, vale a pena conferir:
OBSERVATÓRIO DE SINAIS: TEORIA E PRÁTICA DA PESQUISA DE TENDÊNCIAS. Dario Caldas, Editora Senac Rio, RJ.
1 comentários:
Excelente começo! Senti falta das micros, talvez de organização, mas entendi a questão do momento e da pesquisa! Ótimas imagens e relações. Janelas são as minhas favoritas... muitas possibilidades, viagens e interpretações. bjo... Z´
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